domingo, 2 de maio de 2010

s[he] be[lie]ve[d].

Ela procurou tanto, que quando encontrou ele, se entregou de corpo e alma.
Ele era legal, bonito, simpático, inteligente e tratava ela super bem.
Quando ela estava com ele, sentia que não precisava de mais nada.
Um sorriso dele era a coisa mais linda que ela já havia visto, as palavras carinhosas dele, pareciam sair da boca de um anjo.
E saiam.
Ela entregou a vida a ele. Se dedicou completa e totalmente a fazer ele feliz.
Ela não saia mais, não tinha mais amigos, mal falava com a família.
E ele foi se distanciando, foi mudando. E essas mudanças doíam.
Até que um dia, ela acordou e viu que ao lado dela na cama, o lençol estava arrumado.
Quando foi até a cozinha, tinha um bilhete na cafeteira.
Ela leu, se ajoelhou, leu de novo. Não acreditou, precisou ler mais uma vez. Deitou em prantos no chão gelado da cozinha, engraçado como o chão agora, lhe parecia tão acolhedor.
Ela não entendia o porque, ela procurava um motivo daquilo.
Como aquela história de amor tão linda, aquele anjo que lhe dizia todo dia que a amava. Como tudo aquilo poderia acabar num simples bilhete escrito 'Cansei dessa vida, cansei de você. Adeus.'?
E ela permaneceu deitada, durante horas, não via motivos pra levantar.
Por causa dele, ela largou tudo, rasgou os planos, desistiu de sonhos. Nem os pais dela ela tinha mais.
Ele disse que seria pra sempre, ele disse! Pra sempre... quem diria.

domingo, 25 de abril de 2010

E eu tenho medo,

de derramar lágrimas novamente.
De não ter chegado a hora do meu final feliz e eu estar forçando isso.
De estar sentindo algo completamente impossível.
De estar me iludindo.
Medo de seguir em frente e não aguentar a pressão.
Medo de não seguir em frente e perder.
Não conseguir respirar com medo de ouvir você falar, que eu fantasiei, que eu imaginei algo que jamais deveria ter passado pela minha cabeça.
Um terrível pavor de ter errado, me iludido e enganado.
Pavor de ter perdido, sem nem ao menos ter ganhado.

quarta-feira, 10 de março de 2010

Você precisa saber,

que vai existir momentos, em que eu vou estar aérea, e quando você me perguntar no que eu estava pensando,eu não vou querer responder.
Vão ter momentos, em que do nada, vou chorar, gritar, espernear e depois cair no chão. Mas não se desespere, isso vai passar.
Vai chegar a hora, em que eu vou brigar com você sem motivo algum, simplesmente, porque enjoei do modo que estão as coisas, só te peço pra então, me abraçar e dizer com carinho, que me ama e ai tudo vai mudar.
Eu também vou ficar tímida quando você me elogiar de mais, mas continue, vou estar gostando de ouvir.
E se do nada, eu me calar, fechar a cara, e desabar, me beije, e essa tristeza logo passara.
Quando eu enlouquecer, e dizer coisas horríveis a você, me desculpe, sou só temperamental, mas não me entenda mal.
Eu vou ter crises terríveis de ciumes e, se mesmo sem querer, você me ignorar, eu vou ter crise de carência e chorarei muito.
Mas entenda, eu choro por tudo, grito por tudo, tenho uma carência insolúvel, sou mimada até o ultimo fio de cabelo, sou difícil de acreditar no amor verdadeiro. Mas quando isso acontecer, simplesmente me abrace.
E você pode ate encontrar alguém menos complicada, mas te garanto, não vai te amar mais do que eu.

quarta-feira, 3 de março de 2010

Sem mais.

Fomos criados para acreditar que um dia,vamos encontrar a nossa metade da laranja para podermos ser felizes. Eu particularmente não acredito nisso.
O fato de precisar de alguem, pra poder pensar em ser feliz.
Olhe no espelho e verá a unica pessoa capaz de te fazer feliz.
Graças a Deus,não preciso de metade de laranja, tive a sorte de nascer completa.

Um ultimo pensamento.

Passam milhares de coisas na cabeça, as pessoas que eu vou deixar pra trás,será que elas vão sentir minha falta? Quem liga.
Um vazio enorme, uma escuridão profunda, um mergulho no desconhecido.
''Vai ser rápido e melhor'' penso.
Um rasgo cortante passando pelas minhas mãos, olha pra ela e vejo meu futuro refletido naquela lâmina. Aquela faca.
Vejo somente dor, solidão, escuridão.
Num rápido movimento me liberto de todas aquelas angustias. Doeu menos que o esperado.
Ardência, rastro do sangue escorrendo dentre meus braços, um alivio fantástico, antes jamais sentido, tomando conta da minha alma.
Alma qual eu estava devolvendo ao seu verdadeiro lugar.
Mais um movimento e eu apago.
Foi fácil, melhor do que eu esperava. Foi perfeito. Foi fatal.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Te venerar foi meu erro,

te colocar em um pedestal e glorificar você todas as horas do meu dia foi errado.
Te colocar acima de tudo e de todos.Acima de mim.Foi muito errado.
Porque você se sentiu grande,se sentiu forte, e eu fui ficando cada vez mais fraca.
Tão fraca, incapaz de conseguir fingir um sorriso.
Cada dia, que eu passava tentando te fazer me notar, era uma tortura, um pedaço de mim que se corroía.
Eu senti dores irremediaveis,chorei lágrimas incuráveis e falei coisas imperdoaveis.
Hoje,eu olho pra trás, e vejo tudo que eu fiz tentando te ter, e penso que fracassei.
Mas depois olho pra mim hoje, e vejo o quando eu cresci,amadureci, o quanto estou mais bonita,mais completa, mas feliz.
E vejo que quem perdeu não fui eu, e sim você. Agora eu estou nova,completa,renovada, e posso dizer com toda forca.
Não preciso mais de você.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

O Pequeno Principe

Foi então que apareceu uma raposa .
- Olá, bom dia! disse a raposa.
- Olá, bom dia! - Respondeu delicadamente o princepezinho...
-Anda brincar comigo - pediu o princepezinho. Estou tão triste...
- Não posso ir brincar contigo - disse a raposa. - Ainda ninguém me cativou...
Andas á procura de galinhas? (diz a raposa)
Não... Ando á procura de amigos. O que é que "cativar" quer dizer?
... Quer dizer que se está ligado a alguém, que se criaram laços com alguém.
Laços?
Sim, laços - disse a raposa. - ...
Eu não tenho necessidade de ti. E tu não tens necessidade de mim. Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás para mim único no mundo e eu serei para ti, única no mundo...

Antoine De Saint-Exupery (o pequeno Príncipe)